FOLES E LUCROS DOS RADARES COLOCAM EM XEQUE A SUA VERDADEIRA UTILIDADE NAS RODOVIAS

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Para o senador Guaracy Silveira, os radares ferem o princípio da moralidade. Foto Jefferson Rudy/Agência Senado

Qual é a finalidade dos radares nas rodovias: reduzir acidentes ou auferir lucro para seus donos e o governo?

A polêmica existe, porque os aparelhos levam o motorista a pisar nos freios ao passar por ele e tirar a diferença no acelerador logo após. Com isso, o equipamento perde a sua finalidade preventiva – a de educar os condutores, tornado o trânsito mais seguro dentro e fora dos veículos.

O pior é que as empresas de radares recebem um percentual por multa aplicada. Logo, o negócio gera lucro também para o setor empresarial.
Somente nas estradas de Minas existem cerca de 600 radares fixos (Fonte/DER), com sinalização indicando a localização do equipamento eletrônico que são rastreados por GPS.

Este fole do fluxo de velocidade alta e baixa nas estradas é, indiscutivelmente, tão perigoso ou até mais do que se não houvesse o aparelho.
O que significa um deturpamento de seu uso enquanto ferramenta de prevenção.

Quanto à questão do lucro, há inclusive um Projeto de Lei 2.721/2022, de autoria do senador Guaracy Silveira (PP), que pretende acabar com a arrecadação por multa aplicada por radares fixos.

O texto do Projeto de Lei diz que ”essa intermediação mostra eficiência no registro dos flagrantes de desrespeito à lei. Assim como no repasse dos dados aos órgãos de trânsito, que emitem a respectiva autuação. No entanto, a operação desses equipamentos está nas mãos da iniciativa privada, cujo objetivo final é o lucro. Assim, compele críticas relativas a possíveis distorções ao seu emprego”.

Para o senador, isso fere o princípio da moralidade administrativa.

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