VEREADOR USA PROJETO DE AUMENTO DE SALÁRIO NA GUARDA PARA FAZER DA CORPORAÇÃO UM BIRÔ DE CAMPANHA

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Integrada à força de segurança, a Guarda Municipal de Nova Lima não pode ser objeto de manipulação política. Foto/Divulgação

O vereador Danúbio Machado, do Cidadania, vem se utilizando da sua condição de guarda municipal para transformar o projeto do executivo que altera o plano de cargos e salários da categoria em um instrumento de campanha para a sua reeleição em 2024.

O projeto, em tramitação na Câmara, propõe aumento do salário para a cúpula comissionada da Guarda, “em caráter de urgência”, com pedido do próprio vereador para dispensa de prazos regimentais durante a sessão ordinária da última terça-feira.

O plenário discordou da dispensa de interstícios, pela ausência de urgência da matéria, mas acatou o pedido de pareceres conjuntos das comissões pertinentes, entre as quais, a de Legislação e Justiça.

O entrave maior estaria no fato de o vereador querer fazer da Guarda um birô de campanha para a sua reeleição em 2024, conforme comenta-se na Guarda. Além disso, pesa contra o projeto o pêndulo pró-comissionados e pró-Danúbio, em detrimento dos eventuais desafetos do vereador.

Em mensagens postadas em suas redes sociais, o vereador convoca a categoria para anotar as alterações que se fizerem necessárias para que ele possa propor as emendas pertinentes aos aumentos de salário “dentro das viabilidades financeiras”.

Danúbio Machado deixa claro na convocatória a disposição de defender os aumentos propostos, sem rodeios, dizendo inclusive que o prefeito João Marcelo “abarcou as nossas expectativas plausíveis (o aumento dos salários) que contempla principalmente a cúpula da corporação.

Os cargos comissionados de comandante, subcomandante, inspetor e subinspetor terão salários de R$ 13,1 mil, R$ 8,5 mil ,R$ 7,7mil e R$ 6,0 mil, respectivamente, caso o projeto seja aprovado com as emendas do grupo político do vereador na corporação.

O clima na Guarda é de insatisfação de grande parte do efetivo, é o que se comenta em off – e mesmo em alguns gabinetes da Câmara, devido ao corporativismo exacerbado e o fato do vereador estar “legislando em causa própria”, na tentativa de encurtar a rédea de quem não o apoiou na eleição.

OPINIÃO
Legislar em causa própria fere o princípio da razoabilidade e causa rejeição pelo autoritarismo, coação de eventuais adversários políticos dentro da Guarda, como ocorre com o vereador Danúbio Machado com a sua ação eivada de vício e de ilegitimidade, ao convocar os seus “parças” nas redes sociais para apresentarem sugestões e alterações na lei que altera o plano de cargos e salários da corporação. O prefeito e os vereadores têm que ficar atentos a este tipo de manipulação dentro de uma instituição que faz parte do corpo de segurança integrada e mista das forças policiais e de segurança do patrimônio da cidade. O vereador responde processo por crime de violência doméstica praticada contra a ex-mulher e tem fama de manipulador. Não sou contra o aumento do salário dos guardas, desde que este aumento contemple toda a categoria e não apenas os chegados do vereador.

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