JOÃO MARCELO DIEGUEZ NÃO PERDE ESTA ELEIÇÃO, MESMO SE ENFRENTAR ADVERSÁRIOS FORTES, MAS SUB JUDICE

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O prefeito João Marcelo com o presidente Lula, em março do ano passado. Foto/Divulgação

Quem serão os adversários do prefeito João Marcelo Dieguez em outubro? Esta pergunta ninguém consegue responder com segurança, porque seus principais adversários, os ex-prefeitos Vitor Penido (PL) e Carlinhos Rodrigues (PT), estão inelegíveis. E não há, pelo menos por enquanto, nenhum nome de consenso dentro destes partidos para disputar o pleito de forma competitiva.

A defesa de Vitor alega que a sua situação jurídica lhe permite disputar o pleito e a de Carlinhos aposta numa possível liminar. O que lhe daria o direito de competir sub judice. Tudo é possível, principalmente em se tratando de Brasil. Nossas leis são volúveis, cheia de brechas e vaivém, fazendo com que nada, absolutamente nada, seja definitivo nos tribunais de hoje.

Tempos atrás, as sentenças transitadas em julgado, ainda que tardiamente, eram definitivas e o réu teria que pagar a pena, porque assim reza a Constituição Federal. Mas as coisas mudaram e ficou ainda mais confusa com a bagunça que aprontaram com a Lava Jato que, após condenar Lula em todas as instâncias, ele foi absolvido.

Não quero entrar no mérito desta questão. Sou leigo em jurisprudências, embora as estude com “aulas práticas” de repórter fazem 50 anos, vivendo e aprendendo. Ocorre que as leis mudam tanto e os recursos são tantos, que a caneta do juiz depende de decisões superiores. E estas, em muitos casos, são retrocedidas.

Convenhamos, a Lava Jato foi uma sucessão de erros sob efeitos midiáticos de um clamor público “abestalhado”. Uma epifania política que fez dos tribunais um instrumento de barganha que acabou transformando o algoz do petista em ministro do presidente eleito beneficiado pela prisão do condenado.

Um angu de caroço histórico. Fácil de entender, no ponto de vista do objeto, mas difícil de degustar juridicamente falando. Lembra a bizarrice dos faroestes de antigamente, onde o preso “injusto” leva o xerife na conversa e o tranca no xadrez. O mocinho foge a galope vitorioso e vê-se na tela o The End.

Faço esta ilustração para dizer a vocês que não duvido se Vitor e Carlinhos Rodrigues – ou um ou outro – reverterem a sua situação na justiça para disputar a prefeitura de Nova Lima, mas não tenho a menor dúvida de que, independentemente disso, João Marcelo será reeleito.

Primeiro, porque ele virou a chave na metade de seu governo e está tocando muito bem a prefeitura. Faz por merecer um segundo mandato. Segundo, porque melhorou muito o seu escore político em relação à eleição de 2020; terceiro, porque quem concorre com liminar perde a metade da credibilidade.

O eleitor, de modo geral, já está de saco cheio desta coisa de votar em candidato sub judice. Já chega o que ocorreu no Governo Cassinho, onde a expectativa de ele perder o mandato, por problemas na chapa que o elegeu, por pouco não quebrou a prefeitura.

Cassinho foi vítima exatamente deste desgaste político que quase o enlouqueceu. Perdeu o mandato por erro de terceiros (nem inelegível ficou) e teve, mais tarde, as suas contas aprovadas. Fez um péssimo governo, mas teve motivos para justificar o insucesso. É um bom homem!
Boa tarde!!

(Artigo transcrito na minha coluna do jornal Cultura & Comércio que circula nesta quinta-feira)

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