DIRETOR DO DER QUE NÃO QUIS PAVIMENTAR A MG-437 DIZ QUE “ESTRADA DE CHÃO É UM ATRASO”

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Rodrigo Tavares assumiu a diretoria-geral do DER em agosto de 2022

O diretor-geral do Departamento de Estrada de Rodagem/MG, Rodrigo Tavares, disse em audiência pública na Assembleia Legislativa que “estrada de chão é um atraso”. A audiência ocorreu dia 18 e tratava da pavimentação do trecho de 89 km ligando Almenara a Pedra Azul, no Vale Jequitinhonha.

O estranho nesta declaração feita a representantes daquela região e ao autor da convocação da audiência, deputado Gustavo Santana (PL), é que o DER negou-se recentemente a pavimentar o trecho de oito km da MG-437 ligando Nova Lima a Sabará a custo zero para o Estado.

O serviço seria pago pela prefeitura de Nova Lima que reservou R$ 25,5 milhões para a obra que começou a ser tocada em maio do ano passado, mas as patrolas e os operários debandaram do local com apenas um km asfaltado.

A promessa era de que o Estado bancaria a pavimentação  também dos quatro km restantes até Sabará, conectando Nova Lima e região ao Leste da Capital e do Estado, aliviando o tráfego da MG-030 em quase três mil veículos/dia, além de servir de rota alternativa para a saída da cidade.

Não houve, por parte do DER ou do governador Romeu Zema, nenhuma explicação pública para a devolução do contrato  ao prefeito João Marcelo Dieguez. O que se ouve falar nos bastidores é que o governador foi pressionado pelo PL a não executar a obra para não prejudicar o seu candidato a prefeito Vitor Penido.

O partido de Zema em Nova Lima, o NOVO, apoia a coligação de João Marcelo Dieguez, embora o governador seja bolsonarista de carteirinha, daí a obediência ao PL. A obra seria concluída antes da eleição, conforme tratativa feita pelo governador aos prefeitos de Nova Lima e Sabará, com ampla divulgação pela imprensa.

Ficou ainda mais claro, para esta página, que o DER está a serviço do PL que vem manipulando o órgão no modo  “sigue e pare”, com vistas à eleição de outubro. No caso de Nova Lima, a ordem foi para parar a obra.

Com a palavra o governador, os prefeitos de Nova Lima e Sabará, os vereadores dos dois municípios e os deputados da região. E também a imprensa do Estado que deu ampla cobertura ao fato e se calou também.

 

 

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