VAMOS AGUARDAR O PREFEITO JOÃO MARCELO FALAR QUANDO PRETENDE PAVIMENTAR A MG-437 ABANDONADA PELO ESTADO

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João Marcelo com o embaixador do Brasil na Estônia, José Antônio Gomes Piras. Retorno do prefeito a Nova Lima é aguardado com expectativa para falar sobre o futuro da MG-437. Foto/Divulgação.

Vamos aguardar o prefeito João Marcelo Dieguez se pronunciar sobre o que fará com a MG-437, se vai  pavimentar somente o trecho de 8 km até a divisa com Sabará, ou se estenderá o asfalto até a sede, totalizando 12,5 km, já que o DER devolveu o contrato para o município assumir a execução e o financiamento da obra.

Como  ocorreu em 2012 no Governo Antônio Anastasia, o DER iniciou a obra e a deixou pelo caminho, à época, com recursos do próprio Estado. Agora a conversa é outra. A prefeitura de Nova Lima pagou pelo serviço em 2022 e ainda assim o governo não quis pavimentar o trecho por questões políticas, já que o cronograma de obras do DER está hoje sob o comando do PL.

Falo isso com a propriedade de quem pesquisou e concluiu que praticamente todas as obras de infraestrutura rodoviária prometidas pelo Estado neste ano eleitoral atendem a pedidos de políticos ligados à Bolsonaro. O que não é novidade, porque o governador Romeu Zema é ligado ao ex-presidente e isso justifica a subserviência.

Aliás, já disse neste espaço mais de uma vez que a interrupção da obra da MG-437 em Nova Lima não se deu por problemas de preços. Mas sim, porque não era conveniente para o Estado inaugurar esta pavimentação no Governo João Marcelo Dieguez, porque o candidato do PL no município é o bolsonarista Vitor Penido.

Política é assim mesmo. Por sorte, a prefeitura tem dinheiro para chegar o asfalto à divisa de Sabará e à sede, se for necessário. Não havendo embaraço jurídico em gastar recursos do orçamento com outro município, tudo será resolvido e teremos, enfim, a inauguração do trecho ligando a cidade ao Leste da Capital e do Estado.

Até onde sei, Nova Lima é a única cidade da região metropolitana que tem apenas uma porta de saída para a Capital. As demais têm duas, três e até quatro. Aqui é apenas a MG-030 que, uma vez obstruída, deixa a cidade ilhada. A Câmara já aprovou um aporte de R$ 42 milhões para a execução desta segunda porta.

Média de R$ 3,2 milhões por km de asfalto, valor este que bate com o de mercado, motivo pelo qual não acredito que o impasse entre o DER e a empreiteira que ganhou a licitação para pavimentar o trecho não foi o preço. O mercado cobra hoje cerca de R$ 5 milhões para a abertura do quilômetro de estrada em região montanhosa.

O trecho até Sabará já existe, não fica em região rochosa e nem montanhosa. Logo, o custo da obra fica, no máximo, em R$ 3,2 milhões o quilômetro, incluindo a drenagem e alargamento de alguns trechos. Com os R$ 42 milhões a prefeitura de Nova Lima executa esta obra em menos de dois anos. Como tudo indica que JM será reeleito, o serviço fica pronto no seu próximo mandato.

O que a população precisa no momento é apenas de uma fala do prefeito sobre o que ele pretende fazer, quando e até onde a prefeitura vai estender a pavimentação da rodovia, porque o motivo da devolução do contrato, a má vontade do Governo do Estado e as circunstâncias em que ocorreu a paralisação do serviço, todo mundo já sabe.

João Marcelo não precisa de se indispor com o governador e muito menos entrar nesta pantomima, porque já sabemos que ele não gosta de retórica e muito menos de polêmicas. Falando o que vai fazer, quando e até onde pretende levar o asfalto, já é o suficiente para o povo. Até porque, ninguém irá questionar custos. A grana já está reservada.

 

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