A FORÇA DA REGIÃO NORTE E OS PODERES AMBIDESTROS DE NOVA LIMA

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Os bairros de alto luxo da região Norte tem hoje o metro quadrado mais caro do País, além de ser um importante centro de saúde e tecnológico. Foto/Internet

A tricentenária Nova Lima, um dos poucos municípios de receita bilionária do Estado, tem na sua região Norte/Noroeste o seu centro comercial, industrial e de serviços, em meio ao residencial de alto luxo – o lado fashion da cidade. Esta região rica em oferta de trabalho e renda per capta começa no Vale dos Cristais e condomínios adjacentes, passando pelo Vila da Serra, Vale do Sereno, Jardim da Torre, Jardinaves, Jardim das Mangabeiras, etc, até o bairro Jardim Canadá/Alphaville.

A região é a base da economia do município, com cerca de quatro mil empresas, um setor de serviços em alta, especialmente na área da saúde, e um mercado imobiliário e tecnológico pungente. Tem, no Norte, logo na divisa com BH, o metro quadrado mais caro do País, quase R$ 14 mil, pareado com o do Balneário Camboriú (SC), e um IDH de quase mil, segundo dados do IBGE/FGV.

Este é o motivo pelo qual venho cobrando da Câmara uma pauta mais difusa e com olhos atentos para o que vem ocorrendo nesta região, com foco principalmente na questão da mobilidade urbana. Acredito que esta Nova Lima rica e cheia de glamour tem hoje uma população, sedimentada e flutuante, maior do que a da sede e é responsável por 70% da receita do município, prevista este ano em 1,5 bilhão.

Os poderes políticos – Executivo e Legislativo –, embora distintos, são conduzidos por mãos ambidestras desde a Constituição de 1988. A nova Carta praticamente aboliu os decretos e colocou estes poderes solidários em suas decisões. Um depende do outro. Sem a assinatura do Parlamento, o Executivo não pode quase nada, e vice versa.

Por esta razão há uma força centrífuga constitucionalista que obriga o presidente da Câmara, Thiago Almeida, que é do Jardim Canadá, e o prefeito João Marcelo Dieguez, nascido e criado na sede, de se fazerem entender sobre essa nova realidade do município.

A conexão da sede administrativa com esta região precisa de investimentos acelerados de mobilidade urbana. O momento é agora. Dia 30 teremos a 2ª Consulta Pública para discutir em BH o importante Projeto Parque da Linha Férrea, assunto de alta relevância para a cidade e todos estão convocados para esta discussão. Vale dizer que a utilização do antigo ramal ferroviário do Olhos D`Agua abre a possibilidade de uma via conectando o Anel Rodoviário à sede, na divisa com Sabará.

O poder público da cidade tem que se fazer presente, juntamente com os representantes da sociedade civil e a imprensa. Na última audiência pública na Câmara de BH, para debater o gargalo do Belvedere, somente a vereadora Viviane Matos e o advogado Walmir Braga, presidente da Univiva, marcaram presença no evento.

A Consulta Pública do dia 30 será às 19h, no auditório do Centro de Educação Integral (CEI) da Rua Aimorés, 1.600/Funcionários, com transmitida pelo canal oficial da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, na plataforma Youtube (https://youtube.com/@agenciarmbh538/).

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