O XIBOM BOMBOM DO INSS DEU MERDA: COM SIM OU NÃO, A GRANA TERÁ QUE SER DEVOLVIDA!

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A Previdência Social começou a notificar hoje (14/5) mais de seis milhões de aposentados e pensionistas para que eles possam responder, em um questionário de sim ou não, se autorizou o desconte em sua folha de pagamento por alguma entidade associativa ou sindical.

O questionamento é feito pelo aplicativo do Meu INSS, via conta gov.com. A minha opinião a este respeito é a seguinte: independentemente se o beneficiário concordou ou não com o desconto, feito através da rede de bancos credenciados do crédito consignado, o valor pago tem que ser devolvido.

Falo isso por dois motivos. Primeiro, por se tratar de uma “venda casada” do crédito consignado. O atendente ou a atendente faz a proposta já insinuando ou mesmo avisando que este tipo de ação “facilitaria” a aprovação do crédito. Logo, é uma proposta coativa.

Segundo, porque estas entidades apenas recolhem o dinheiro, sem nada oferecer aos idosos na área de recreação, descontos em farmácias, auxilio funerário e assistência social. Até porque, das 12 investigadas, cinco são do Nordestes, cinco do Sudeste, uma do DF e outra do Sul.

São entidades “fantasmas”, em sua maioria, que oferecem serviços por meio da internet. Algumas são inclusive apenas um blog. Coisa que qualquer profissional e/ou até mesmo amador, pode fazer. Montam a fachada da empresa e botam o Cnpj para o recolhimento do recurso.

Para a pessoa ser sócia de um sindicato ou associação, primeiro é preenchido uma ficha de filiação, com todos os seus dados pessoais, inclusive os contatos, com foto, emissão da carteirinha e do folheto das empresas conveniadas, para que o novo sócio possa desfrutar dos benefícios.

Nada disso foi feito. O recrutamento era feito, como disse antes, por meio da rede de correspondente bancário, que também não tinha nenhum conhecimento sobre estas entidades. Algumas delas a milhares de quilômetros de distância do local da filiação.

Idosos do Sul se filiando a entidades do Nordestes, e vice-versa. Basta dizer que dos 26 estados do País, apenas seis: Ceará, São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas e Paraná – e o DF (pelo menos dos investigados) monopolizavam este tipo de ofertas.

Fiz um levantamento em várias redes de farmácias e drogarias de Belo Horizonte sobre eventuais convênios com entidades ligadas aos aposentados (as denunciadas, principalmente) e nenhum dos funcionários confirmaram o convênio. A maioria admitiu convênios com alguns planos de saúde.

Ora, é muita infantilidade imaginar que um idoso, ao pedir um empréstimo consignado em alguns dos bancos da rede credenciada, peça para ser sócio de algum sindicato ou associação para obter algum desconto nas farmácias, auxílio funeral ou clube recreativo. Du-vi-do!

Tem sigla de tudo quanto é jeito. A maioria tranca-língua: CBPA, APDAP, CAAP, entre outras. A propósito, pela ordem, a primeira com sede em SP, a outra no interior do Ceará e terceira, em Fortaleza. Mas são muitas. Todas tomando dinheiro de analfabetos funcionais, doentes e até de cegos.

Portanto, pela Lei do Consumidor, nenhuma delas cumpriu as suas obrigações e os bancos, em conluio com o INSS, aproveitaram-se disso para ampliar a sua carteira de clientes do crédito consignado. Um negócio da China, porque é cem por cento seguro. O índice de inadimplência é ZERO.

Outra vez o Xibom Bombom. O rico cada vez ficando mais rico, e o pobre cada vez mais pobre. Ocorre que desta vez o roubo em cima dos desvalidos da Previdência deu merda. Um crime de lesa pátria, com certeza.

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