OS APANIGUADOS DA PREFEITURA E DA CÂMARA DE NOVA LIMA

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O fisiologismo é o cancro da vida pública brasileira, especialmente nos poderes executivos e legislativos, onde se concentra a ninhada dos favorecidos inúteis do processo eleitoral.

A prática está em todos os municípios — uns mais, outros menos –, com vereadores barganhando apoio ao prefeito em troca de votos e empregos de seus apaniguados, e este encurtando as rédeas dos “seus” na Câmara pelos favores prestados.

A mesma cangalha serve para para puxar o carro na Câmara, conforme a necessidade do presidente para formar maioria no plenário. Não tem almoço de graça na vida pública brasileira.

A riquíssima Nova Lima não é uma exceção da regra. Aqui também tem vereadores que abrem mão de suas prerrogativas de fiscalizar o executivo para proteger os seus apaniguados. E o presidente da Câmara, pela mesma forma, tem que recrutar mão de obra por indicação de vereadores para obter o apoio deles.

Quem perde com tudo isso é o município. Nem todo apaniguado presta e o cordão dos puxa-sacos na prefeitura e na Câmara cada vez aumenta mais. Chega a ser frustrante ter alguém ajoelhando a seus pés, às vezes, a troco de migalhas.

Puxa-saco é aquele indivíduo que doa a opinião ao chefe e se abstém da crítica construtiva para não contraria-lo. Um zero à esquerda. Tão repugnante e descartável quanto o copo idem. Às vezes o apertamos antes de nos desfazer dele para ocupar menos espaço no lixo.

Infelizmente, este tipo de política paroquiana e prosaica chega a dar nojo, pela subserviência de dar inveja aos aquartelados onde a obediência é uma exigência da hierarquia militar.

Mas não são apenas os apaniguados a se favorecerem deste incesto político: o próprio vereador, que por lei deve o cargo ao partido, o doa ao prefeito de “porteira fechada”, se entregando de corpo e alma como fazem cristãos e evangélicos ao Senhor em suas orações.

A diferença é que na igreja os fiéis pedem remissão de seus pecados e na política a alma é vendida ao diabo. É tudo por dinheiro e poder!

Havia um deputado do bem na ALMG, na década de 1990, que teve um choque de realidade tão grande ao se ver na podridão em que se meteu, que entrou em depressão e morreu.

Não vou citar nome, por razões óbvias e não tão óbvias (era meu informante na Assembleia), mas o pouco que me contou de sujeira foi o suficiente para me convencer da podridão que virou a política brasileira.

Os últimos acontecimentos deste WC entupido e sem porta que virou a política nacional são uma prova inequívoca de que, a prevalecer o modelo atual, o Brasil, infelizmente, não tem.jeiti. É dai pra pior!

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