NÃO VEJO A NECESSIDADE DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR O “NOVA VILA”
Empreendimento prevê a revitalização do Pátio Industrial da antiga Morro Velho, para resgatar a memória da cidade por meio de um Museu Terrestre aberto a visitação pública. Foto Ilustrativa/Divulgação
Entendo a preocupação do vereador Wesley de Jesus, do Republicanos, com este projeto imobiliário da AngloGold Ashanti, Construtora Concreto e Prefeitura de Nova Lima, na área central da cidade, o “Nova Vila”.
Mas acho desnecessário convocar uma audiência pública para discutir questões de adensamento populacional e o impacto no trânsito e sanitário. As comissões pertinentes têm competência para avaliar tudo isso.
Afinal, é um projeto de engenharia executivo, que apresenta soluções para todas estas questões. Se os vereadores concluírem que há a necessidade de alguns ajustes, que sejam feitos.
Aliás, este projeto já passou por várias fases. Foram feitos ajustes e alterações necessárias até exaurir todos os recursos para a redução dos impactos inerentes à obra.
A prefeitura fez a sua parte e cabe à Câmara, com a sua pluralidade e competência, avaliar as documentações e,inclusive, o custo benefício do projeto que é,sim,importante para a cidade
Será um conjunto multifuncional de prédios de apartamentos e lojas comerciais, além do Museu Terrestre, com a abertura ao público do Pátio Industrial da antiga Morro Velho.
O público terá acesso às máquinas hidráulicas, linha de produção, as galerias das Mina Velha e Mina Grande, galpões, enfim, a toda a logística de extração e beneficiamento do ouro pelos ingleses a partir de 1835.
O Museu, que terá em seus galpões eventos culturais e educacionais, será o centro das atrações turísticas, atraindo uma população flutuante significativa. Tudo isso,somado à circulação de pessoas no comércio e os moradores destas novas unidades residenciais.
Mas o projeto prevê uma avenida larga de 2 km,com canteiro central e ciclovias ligando a Praça do Mineiro ao Centro, com saídas para a MG-030 e MG-437, de modo a facilitar o escoamento do trânsito no sentido Sul e Leste de BH.
A questão sanitária também foi pensada, está no projeto. Logo, não vejo motivo para uma audiência pública, uma vez que o empreendimento não está no caminho de ninguém.
O que precisa ser feito pelas comissões é uma avaliação técnica do impacto na mobilidade urbana e sanitária, que já foram avaliadas pelos órgão ambientais.
O debate a respeito destas questões é salutar. Vai acrescentar e não diminuir nada.São divergências de ideias postas conforme a sugestão de cada um, mas que sejam longe do interesse político.
Porém, ratifico, no âmbito da Câmara.
