AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A OUC EM NOVA LIMA REVELOU DÚVIDAS DE APENAS DOIS VEREADORES

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Empreendimento cria o bairro Nova Vila que terá um museu terrestre do complexo industrial da antiga Morro Velho que chegou a ser a mina de ouro mais profunda do mundo. Foto/Divulgação

Apenas dois dos 15 vereadores de Nova Lima demonstraram dúvidas sobre a Operação Urbana Consorciada (OUC), uma parceria entre a Prefeitura, a AngloGold Ashanti e a Construtora Concreto a respeito da construção do NOVA VILA. Um empreendimento imobiliário multifuncional numa área ociosa do complexo industrial da antiga Morro Velho.

A audiência ocorreu nesta segunda-feira, às 19h, com o diretor da AngloGold Ashanti, Fernando Cláudio, o arquiteto do projeto Glauco Marques e Arthur Soares (pela Prefeitura) fazendo uma apresentação minuciosa do projeto que já foi objeto de outra audiências  em 2022 durante a sua maturação.

Após esta exposição,  o vereador Adilson Taioba (SD) pontuou algumas questões que para ele não ficaram bem claras. Taioba se declarou a favor da OUC, desde que as respostas às suas dúvidas o convencessem de que de fato o projeto é bom para Nova Lima.

Já Wesley de Jesus (Republicanos)  limitou-se a criticar o projeto, como já era esperado. Wesley é opositor do prefeito João Marcelo Dieguez (Cidadania), para quem perdeu a prefeitura em 2020. De toda forma, estes questionamentos deverão ser respondidos em tempo hábil para o projeto andar  na Câmara.

Esta audiência apenas ratificou a posição desta página sobre a falta de necessidade desta consulta pública, um vez que isso já ocorreu antes e toda a documentação ambiental e de regularização do solo estão em dia. Ademais, vivemos em uma democracia representativa. Os vereadores são eleitos para ser a voz do povo. Logo, não havias sentido arrastar este PL para a rua, mais uma vez.

Bastava as comissões analisarem o projeto, dirimir as eventuais dúvidas com os autores desta proposta e a matéria ir para o Plenário com os pareceres das comissões pertinentes. O rito é este. A maioria decide e ponto final. Ficou claro na apresentação do PL que o empreendimento é de caráter desenvolvimentista, de fomento à cultura, ao turismo, ao comércio e à alternativa de moradias dentro da realidade da sede.

Não é um tabuleiro de damas, onde tem que tirar aqui pra colocar ali. A área a ser utilizada é vazia, ociosa, e o que tem lá, que é a história da mineração do ouro na cidade, de 1834 a 1992, será revitalizado. Quem tem que decidir esta parada são os vereadores, de forma regimental e apartidária. Cabe agora ao presidente Thiago Almeida aguardar as respostas dos representantes da OUC, dar prazo às comissões para apresentarem seus pareceres e colocar o assunto em votação. Simples assim.

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