Área de preservação ambiental inviabiliza obras de infraestrutura no Belvedere e bloqueia o trânsito ligando Nova Lima e BH nas zonas Norte e Sul das duas cidades, as mais desenvolvidas do Estado. E também as de trânsito mais caótico em função do crescimento do mercado imobiliário e da expansão desordenada do BH Shopping que praticamente invadiu a BR-356 e a MG-040

A entrevista coletiva com o presidente da Câmara de Nova Lima, Thiago Almeida, nesta sexta-feira, revelou o spoiler de uma dura realidade: por conta de um erro crasso de mobilidade urbana, a cidade, sexta no ranking de maior orçamento do Estado, não tem como desobstruir a sua única porta de saída que fica debaixo do pontilhão da trincheira do Belvedere.

Este buraco de pista dupla que divide Nova Lima e Belo Horizonte é o único local de entrada e saída entre a Capital e a cidade de maior renda per capta do País. Exatamente em suas regiões mais ricas – Sul de BH e Norte de NL, esta, a mais desenvolvida do Estado.

Esta é a prova inequívoca do descaso com a política de mobilidade urbana adotada ao longo go dos anos pelas duas prefeituras que não se preocuparam com este gargalo. Pelo contrário: além de ignorarem o problema, permitiram a expansão desordenada do BH Shopping que avançou sobre a BR-356 e a MG-030.

E para piorar, a ALMG aprovou uma lei (15.979/2006), transformando boa parte deste local como área de preservação ambiental da Estação Ecológica do Cercadinho, tornando a divisa intocável para projetos de infraestrutura urbana na região.

Thiago Almeida anunciou que em fevereiro o prefeito João Marcelo Dieguez enviará o projeto de revisão do Plano Diretor do Município para a Câmara e esta questão viária será priorizada pela Câmara, na busca de novas alternativas para o trânsito local e intermunicipal.
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Ainda bem, porque está tudo travado nesta divisa. Alguém tem que esmurrar a mesa e resolver este imbróglio. Com a palavras os prefeitos e os vereadores das duas cidades, e os deputados. Eles é quem fizeram esta “obra prima” da engenharia do atraso no passado, e a mantém até hoje.

Pergunto: o que adianta estes projetos de intervenções viárias anunciados pelas prefeituras nesta região se a lei não permite a execução deles, e ninguém toma providência para abrir este cadeado?

Vai aqui um pedido clemente deste velho repórter ao deputado João Leite, amigo de longas batalhas (“salvei” a vida dele numa ocasião), para que ale altere esta lei com urgência para o bem de milhares de pessoas que passam por este calvário diariamente. É tudo que peço!

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