ATÉ QUE ENFIM O PLANO DIRETOR SERÁ ATUALIZADO PELA CÂMERA DE NOVA LIMA

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Com mais de mil empresas e uma economia diversificada, o bairro Jardim Canadá e região é o principal pólo industrial e comercial do município, além de abrigar as principais reservas e áreas de ecoturismo nas serras do Rola Moça e da Moeda. Foto/Reprodução/Google

O Plano Diretor de Nova Lima deverá ser atualizado pela Câmara Municipal de Nova Lima neste semestre. O projeto, já finalizando, ainda não foi enviado aos vereadores pelo prefeito João Marcelo Dieguez (Cidadania). O que deverá ocorrer nos próximos dias.

A revisão já era para ter ocorrido há mais de quatro anos. Mas, por questões políticas – e até também pela sua complexidade –, ela acabou demorando tanto. O seu rito é complicado, porém já foram cumpridas todas as etapas. Falta agora a análise do Poder Legislativo.

Sem o PD não há como fazer o uso adequado da ocupação do solo, seu parcelamento, as questões dos zoneamentos, demarcação de áreas ambientais, onde pode e não pode construir edifícios, até que altura, enfim, tudo isso tem que estar na lei, inclusive a questão da mineração que, quer queiram ou não, continua sendo a base da economia do município.

O curioso disso tudo, é que esta atualização do PD, crucial para o desenvolvimento sustentável do município, dependerá de apenas seis vereadores. Ou seja, metade mais um dos votos do plenário. Com as emendas e eventuais vetos, a decisão final será de sete dos dez vereadores.

Ainda assim é muito pouco. Chega a ser ridículo este quórum nanico para uma cidade bilionária e com mais de 110 mil habitantes. Por isso a atual legislatura decidiu aumentar o número de assentos à Câmara para 15, a partir do próximo mandato que se inicia em 1º de janeiro de 2025.

A expectativa em torno desta revisão do PD é muito grande, porque não envolve apenas o interesse coletivo. Tem o mercado imobiliário e industrial que precisam de uma definição da lei para a elaboração de seus projetos. Um absurdo Nova Lima não ter, por exemplo, um Distrito Industrial. Todas as cidades de seu porte possuem.

O desordenado parque industrial existente se desenvolveu naturalmente para o lado da região Noroeste (Jardim Canadá), à margem da BR-356/040, onde ficam as principais minas de minério de ferro, indústrias, centros de distribuição, galpões de locação de máquinas pesadas e, também, as casas de eventos, o turismo ecológico e o polo gastronômico do município.

Basta dizer que o Jardim Canadá é hoje talvez o único bairro da Grande BH que tem mais trabalhador do que morador, devido à convergência e a diversificação da economia local e do comércio de modo geral. Abriga, ainda, a região, as principais estações ecológicas e reservas ambientais. Ou seja, o desenvolvimento sustentável do município passa, obrigatoriamente, por esta região.

É por isso que o jornal A Notícia sempre cobrou uma atenção maior dos prefeitos para este lado da cidade. Espera-se, pois, que João Marcelo Dieguez faça as obras de infraestrutura urbana que a região pede faz tempos, como, por exemplo, um novo túnel de retorno na BR-356 no Jardim Canadá e, também, o alargamento da rua Toronto, para maior fluidez do trânsito, bem como outros serviços essenciais para maior segurança e conforto da população.

Aliás, o presidente da Câmara Thiago Almeida é de lá e vem pedindo essas obras faz tempos. Ele e o seu pai, o ex-vereador de cinco mandatos, Flávio de Almeida. Eles nasceram e foram criados nesta região e a conhecem como poucos. O prefeito já sinalizou que vai priorizar estas obras. Ainda bem!

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