O jornalista José Cleves da Silva nasceu no dia 17 de julho de 1950, em São Miguel do Anta-MG.
Começou a carreira em 1972, no Vale do Aço, onde atuou também como jornalista da antiga Companhia de Aços Itabira-Acesita (atual Aperam).
Em 1976 mudou-se para Belo Horizonte, onde trabalhou nos jornais Diário de Minas, Jornal de Minas, Diário da Tarde e Estado de Minas. No início da década de 1980, transferiu-se para Brasília, fazendo a cobertura do Congresso Nacional e dos palácios do Planalto, Alvorada e Buriti, pelo jornal Estado de Minas, Correio Braziliense e a Agência Noticiosa dos Diários Associados (ANDA).
Como repórter político, foi ainda responsável pela cobertura da Assembleia Nacional Constituinte, entre 1987 e 1988, até a promulgação da nova CF, e do Plano Cruzado, durante o Governo Sarney. Atuou também nos jornais Última Hora (onde foi editor DA Editoria de Polícia), Jornal de Brasília (duas vezes), Jornal do Brasil, BSB Brasil e Correio do Brasil.
Colaborou na Capital Federal com o Comitê Interamericano de Direitos Humanos e com a ONG norte-americana Human Ritgs, escrevendo artigos sobre Direitos Humanos no Brasil, especialmente sobre o assassinato do repórter do Correio Braziliense, Mário Eugênio (1984), em Brasília, por policiais civis e militares do Exército envolvidos com o Esquadrão da Morte.
Crime este transformado em seu primeiro livro, Distrito Zero (Maza Edições: 2000), onde relata bastidores da execução e segredos sobre a remessa de material estratégico (urânio, principalmente) pelos militares brasileiros para o Iraque e outros países do Oriente Médio, por intermédio dos Estados Unidos. Focado nas reportagens investigativas, sofreu várias ameaças e atentados.
O mais grave ocorrido em 2000, quando a sua mulher, Fátima, foi assassinada em Belo Horizonte durante um assalto nunca esclarecido pela polícia que usou o crime para tentar silenciá-lo, colocando uma arma no local do assalto.
O caso teve repercussão nacional, com o indiciamento do jornalista que provou a sua inocência em todas as instâncias.
Devido à péssima atuação da imprensa neste caso – e com o objetivo de tornar público os detalhes da farsa – Cleves transformou o seu drama no livro A Justiça dos Lobos – porque a imprensa tomou meu lugar no banco dos réus (Bigráfica: 2009), lançado em Belo Horizonte e Brasília.
O livro é hoje uma leitura indispensável para alunos do curso de jornalismo e de Direito, com o caso resultando ainda em monografias feitas em universidades de vários Estados.
Por conta de sua luta em defesa da democratização da comunicação, foi homenageado pelo Governo do Estado de MG, em 2009, durante a 1ª Conferência da Comunicação (Confecom), juntamente com os jornalistas Dídimo Paiva e Guy de Almeida, dois dos maiores nomes do jornalismo mineiro. Atualmente, presta serviços de consultoria jornalística e Ghost Writer, com várias obras terceirizadas.
Chefiou de 1993 a 1997 o Jornalismo da Câmara Municipal de Contagem e editou, durante anos em Nova Lima-MG (onde é Cidadão Honorário desde 2014) o semanário A Notícia, de sua propriedade. Tem dois livros sobre saúde alternativa em bibliotecas virtuais, e está finalizando uma biografia ilustrada de seus pais, que ele diz ser a sua maior obra, exatamente porque não é literatura, “é uma lição de vida”, com lançamento previsto para o final deste ano. Casado durante 18 anos com Fátima (*1961+2000), o casal teve cinco filhos: Cleves Henrique, Carlos Renato, Paulo Cezar, Marcos Alexsandro e Alessandra Cristina, e cinco netos – Davi, Francisco, Gustavo, Daniel e Ravi.