CONCRETO PROMETE RESTAURAR E ABRIR PARA VISITAÇÃO PÚBLICA O PÁTIO DA ANTIGA MORRO VELHO E CRIAR O “MUSEU DE TERRITÓRIO” DO OURO EM NOVA LIMA.

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Vista aérea do pátio das minas. Foto/AngloGold Ashanti

A Construtora Concreto promete, no seu projeto residencial e comercial a ser erguido no pátio da antiga Morro Velho, em Nova Lima, restaurar e abrir para visitação pública toda a área tombada das Mina Velha e Mina Grande que funcionaram de 1834 até 2003.

O projeto, que usa apenas 30% do potencial construtivo da área, cria opções de turismo, lazer e espaços de uso público para valorização da história dos moradores da cidade.

A restauração inclui todo o acervo das minas – máquinas, galpões, tubulações, esteiras, Casa de Força e demais estruturas de beneficiamento do ouro, inclusive as galerias das minas, em situação de abandono.

O Museu de Território, que vem a ser a preservação das estruturas e equipamentos tal qual foram deixadas após o fim da extração do ouro, terá atrações visuais e lúdicas.

É o caso, por exemplo, dos carrinhos de puxar material de dentro das minas, que serão transformados em objetos de entretenimentos sob trilhos para crianças e adultos.

O projeto prevê, ainda, a preservação das matas, do córrego do Cardoso e, inclusive, de uma cachoeira que será despoluída para o livre acesso do público.

O Museu do Ouro, que funciona hoje na Casa Grande, sob a responsabilidade da AngloGold Ashanti, dona do terreno, será transferido para o pátio, unindo o útil ao agradável. Ou seja, as peças antigas catalogadas poderão ser vistas em seu local de origem.

O empreendimento não impactará o trânsito, como vem sendo especulado, afirma a empresa que promete abrir uma avenida de 2 km até a avenida Ligação, distribuindo o trânsito para a avenida José Bernardo de Barros, sentido centro, MG-437 (Sabará/B) e avenida Januário Carneiro, até a MG-030.

A avenida terá pista dupla, separadas pelo Córrego do Cardoso, e dará fluidez ao tráfego. Na sua parte inicial, haverá prolongamento da Rua do Ouro, que fica logo acima, facilitando o acesso a este centro turístico, com amplo espaço para estacionamento.

É um projeto arrojado dividido em duas etapas: recuperação do acervo histórico e a construção dos prédios residenciais e comerciais, estes, adaptados aos galpões já existentes.

A área e o projeto foram apresentados a esta página pelo diretor da Concreto, Miguel Safar, e o Arquiteto Glauco Santiago, da Uma Gestão de Projetos.

Safar garantiu que a ocupação do espaço vem sendo negociada com a área social e não imobiliária da AgnloGold Ashanti, por se tratar de um empreendimento sociocultural que tem como foco o turismo.

“Vários projetos já foram elaborados para esta área, nenhum deles concretizados, como foi o caso da Gold City, entre outras, mas este é um empreendimento que tem como contrapartida para o município abrir para o público o pátio de obras que foi, no passado, a maior mina de ouro do mundo; esta é uma história que não pode ser apagada, porque com o tempo este acervo vai sendo deteriorado”, encerrou o empresário Miguel Safar.

OPINIÃO DA PÁGINA

A restauração do acervo do pátio de obras da antiga Saint John del Rey Mining Company (depois Morro Velho) será uma contribuição significativa da Construtora Concreto para a cultura e a memória de Nova Lima, independentemente de seu projeto residencial e comercial previsto para a área. Até porque a empresa garante que não haverá impactação do trânsito. É como diz o empresário Miguel Safar: antes tarde do que nunca! Não basta tombar o patrimônio histórico, é preciso preserva-lo, torna-lo contemplativo aos olhos dos que valorizam o passado.

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