PT DE NOVA LIMA VAI PARA A SÉRIE B DA POLITICA LOCAL E NOVA LIDERANÇA DE CENTRO-ESQUERDA, COM THIAGO ALMEIDA (PSD), DEVE MESMO SER ANUNCIADO COMO O VICE DE JOÃO MARCELO DIEGUEZ

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Em alta, Thiago Almeida, ex-PT, arrastou a dissidência para o seu grupo e ampliou o seu escore para compor a chapa situacionista como vice e João Marcelo. Juventude e renovação para uma Nova Lima melhor. Foto/Divulgação

Agora não tem mais jeito. O PT de Nova Lima vai mesmo para a Série B da política local. Está mais uma vez sem candidato e vivendo do passado, quando mandou na cidade de 2005 a 2012, com Carrinhos Rodrigues prefeito.
Após isso, só vexame. Brigas internas, egos e vaidade à flor da pele. Discursos e bravatas de uma matiz politica fora do tempo. O das lutas de classe, das greves e pautas das centrais sindicais, hoje esvaziadas pelo fim do imposto sindical.
Vê-se nos grupos de WhatsApp dois PT: o que acompanhou a evolução do tempo e o que ficou na chuva da dialética, do fisiologismo e do atraso. Não há mais debates em suas plenária. A epifania salutar das divergências de ideias virou guerra, com direito a viaturas na porta.
A desmoralização é total. O partido perdeu a identidade. Aliás, já passou da hora disso acontecer. A sigla está claudicante desde a eleição de 2012, quando começou a tropeçar nas próprias pernas por falta de consenso em torno de uma nova liderança.
Ficou sem candidato próprio naquele ano e na eleição seguinte. E em 2020 tirou o seu único vereador para disputar a prefeitura e puxou o tapete dele. Flávio de Almeida somente não foi a nocaute porque conseguiu. colocar o filho Thiago na sua cadeira.
Os Almeida deram a volta por cima, com Thiago assumindo a presidência da Câmara com nove meses de antecedência, reestruturando e moralizando a Casa com apoio de seus pares que viram nele uma nova e promissora liderança política na cidade.
Todos viram, inclusive o prefeito João Marcelo Dieguez, que não se fez de rogado, cooptando o grupo de Almeida para a sua base. Enxergou o que o PT descartou, ao insistir com o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues que voltou a ficar inelegível.
Os Almeida debandaram para o PSD, levando para o seu grupo de 14 partidos a dissidência petista que orbita em torno do presidente da Câmara que deve sair vice de JM. E o PT volta à sua condição de outsider na disputa pela prefeitura. Outra vez.
A fila anda. E como anda! Mas nem todos percebem a necessidade de se renovar, buscar novos talentos. Resta ao PT/NL a segunda divisão do certame, não há outra solução. Rebaixado e humihado, com dificuldade até para eleger vereador.
O partido não representa mais a esquerda na cidade. O presidente do diretório local, Renato Faria, Tatico, da ala mais moderada, qualquer hora vai jogar a toalha, tamanha a bagunça aprontada nas redes sociais, com reflexos nas plenárias.
Não me surpreendo com as suas guerras internas, pois desde 2012 que venho alertando a autofagia do partido na cidade, mas confesso que não imaginava a possibilidade da sigla ficar sem assento na Câmara na próxima legislatura de 15 vereadores.
Agora vejo que se conseguir uma vaga já será uma façanha do eleito. A boa vereadora Juliana Sales, que migrou para o partido, corre sérios riscos de não renovar o seu mandato. Ela tem tudo a ver com a doutrina de Marx, mas isso apenas não basta. Entrou pela porta errada e terá que se safar da degola.

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