JOÃO MARCELO DIEGUEZ É TALVEZ O ÚNICO PREFEITO DE MINAS COM A RENOVAÇÃO DO MANDATO GARANTIDA.

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Com uma boa administração e sem adversário à altura, João Marcelo caminha para a reeleição em voo de cruzeiro. Foto/Divulgação

Em todo o Estado, 7.123 candidatos tentarão a reeleição este ano, sendo 456 para prefeito e 6.450 para vereador. Entre estes, o prefeito de Nova Lima João Marcelo Dieguez (Cidadania) é um dos poucos a ter praticamente cem por cento de garantia de renovação do mandato em outubro.

Esta situação rara, principalmente em um município rico como é o caso de Nova Lima, reflete o alto grau de aprovação popular obtida pelo chefe do executivo de Nova Lima que é beneficiado ainda pelo fraquejo da oposição e uma série de contratempos jurídicos.

O risco de João Marcelo não ser reeleito por razões políticas é zero. Além  de seu extraordinário governo, ele não tem opositores em condições de competir à altura no palanque.

O seu alto índice de apoio popular minou a oposição e tirou de seu caminho o único adversário em condições de incomodá-lo, o ex-prefeito Vitor Penido, do PL, que abdicou da disputa.

O PT do ex-prefeito Carlinhos Rodrigues, inelegível, indicou o geólogo Mauri Torres, um candidato sem nenhuma expressão popular, embora ostente a condição de uma pessoa séria e respeitada dentro e fora do partido.

O W.O. só não se concretizou ainda por conta do olho gordo dos partidos na grana do Fundo Partidário e no segundo lugar que, em um eventual afastamento do eleito pela justiça, assume a vaga do eleito.

Foi o que ocorreu em 2012, quando a dobradinha Cassinho (MDB) -Fatinha Aguiar (PT) venceu as eleições, mas a chapa foi anulada por irregularidades na campanha. O então prefeito Carlinhos Rodrigues acabou ficando inelegível.

Vitor Penido (DEM), o segundo mais votado, acabou assumindo a prefeitura, já no limiar do mandato em 2016, mesmo ano em que ele foi eleito, fato este que o impediu de tentar a reeleição em 2020.

Não fosse a ganância pela fortuna do Fundo Partidário e a esperança de se repetir agora o que ocorreu em 2012, creio que o W.O. já teria sido decretado este ano, com João Marcelo Dieguez sendo a única opção de voto para prefeito na urna.

Aliás, na prática,  é o que vai ocorrer, com a diferença de que teremos mais de uma opção de voto, mas nada mais além disso. O que não é bom para o debate democrático, porque o resultado já é conhecido de antemão.

Resta agora a briga pelas 15 vagas na Câmara. Acredito que pelo menos seis vereadores têm chances de serem reeleitos pelo excelente mandato exercido até aqui ou por ser a estrela maior de uma chapa onde todos os votos convergem para o seu nome..

São etes, pela ordem alfabética:

Anisinho (PTB), Álvaro Azevedo (Avante), Juliana Sales (PT), Silvâno Aguiar e Thiago Almeida, ambos do PSD, e Viviane Matos (União Brasil).

Na minha opinião, Avante e PT farão apenas um vereador cada. Álvaro esteve um tempo fora da Câmara, como secretário de Ação Social, e Juliana migrou do Cidadania para o PT com alguns problemas inclusive de patrocinadores.

Os demais terão dificuldades para enfrentar a concorrência, seja pelo pouco que fizeram durante este mandato, ou por problemas pessoais.

Falo especialmente de Danúbio Machado (PRD), com problemas judiciais por conta de uma denúncia de violência doméstica em tramitação e que a qualquer momento pode vir à tona. Eu diria que a situação dele não é confortável.

A bem da verdade, a chapa do PRD está mais suja do que poleiro de pato. O partido não teve escrúpulo na escolha de seus filiados e pode pagar caro por isso. Tem, por exemplo, o caso do ex-vereador Tiago Tito, condenado por crime de rachadinha, com perda de mandato na Câmara à unanimidade.

Não são apenas esses casos. Tem outros candidatos também com problemas na justiça por irregularidades relacionadas ao serviço público. O PRD virou um WC, essa é a verdade.

 

 

 

 

 

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