COM UM APROVEITAMENTO BAIXO NAS URNAS NESTE SÉCULO, VITOR DEVE DISPUTAR A PREFEITURA COM JOÃO MARCELO POR MEIO DE LIMINAR
Vitor errou na escolha em 2020 e perdeu as eleições para João Marcelo Dieguez, seu vice. Seu aproveitamento na disputa direta pelo cargo neste século é de 50%, e na indireta zero. Foto/Arquivo
O pré-candidato do PL à prefeitura de Nova Lima Vitor Penido disputou quatro eleições para prefeitos neste século. Venceu duas (2000 e 2016) e perdeu duas (2008 e 2012). 50% aproveitamento.
Nas outras duas que não pode disputar (2004 e 2020) ele não conseguiu eleger o seu candidato que foi derrotado por Carlinhos Rodrigues (PT) e João Marcelo Dieguez (Cidadania), respectivamente. Zero de aproveitamento.
Ou seja, em seis Eleições (2000/2004/2008/2012/2016/2020) Vitor e seu grupo perderam quatro. 30% de aproveitamento. Vitor vai agora em outubro para a 4ª disputa direta pela prefeitura neste século.
A expectativa é de que vai perder. E de forma acachapante, já que o prefeito João Marcelo Dieguez está com uma dianteira de 80% nas intenções de votos, conforme a última pesquisa de opinião registrada no TRE.
No século passado Vitor venceu as eleições de 1976, 1988 e a de 1996, totalizando cinco mandatos, fora o tampão de 2016 com o afastamento do prefeito Cassinho, já no final de seu governo, por irregularidade na campanha de 2012.
Vitor assumiu a vaga por ter sido o segundo mais votado e é exatamente o que ele pretende na eleição deste ano. Obter pelo menos esta colocação para ajuizar alguma ação contra João Marcelo e tentar assumir o seu lugar usando o mesmo expediente de antes.
Ocorre que, para o Ministério Público Estadual, Vitor está inelegível. Ele foi condenado com trânsito em julgado à perda de três anos de seus direitos políticos em agosto de 2022, estando portanto impedido de disputar eleição até agosto de 2025.
A ação decorreu do uso de combustível do posta da família para abastecer a frota da prefeitura em 2001, quando ele era prefeito. O pedido de cumprimento da sentença pelo réu transita na 3a Vara Cível da Comarca.
A sentença de primeira instância não decretou a perda do mandato de Vitor. A defesa recorreu, pela “ausência de danos ao erário público”, mas o TJ reformou a sentença determinado a perda dos direitos políticos.
Se o TRE rejeitar o registro de sua candidatura em agosto, a expectativa é de que a defesa do ex-prefeito tente uma liminar para que ele possa participar do pleito até o julgamento do mérito.
Ocorreu isso com Carlinhos Rodrigues na eleição passada, mas seus votos foram invalidados pela decisão final da justiça.
OPINIÃO
Vitor foi o maior prefeito da história de Nova Lima, em longevidade e competência, disso não temos a menor dúvida. Mas os tempos mudaram e a fila andou. Surgiram novas lideranças, com novas mentalidades em um novo tempo a partir da eleição de 2020. Falo do prefeito João Marcelo Dieguez e do atual presidente da Câmara Thiago Almeida, ambos jovens, talentosos e de um futuro promissor. O momento agora é deles e o povo já tem plena consciência disso. Eles serão, com certeza absoluta, os protagonistas da política local de agora em diante. Vitor já deu a sua contribuição como homem público e não merece um final pífio de carreira com está sendo desenhado para outubro.
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