O FIM DO ANALFABETISMO POLÍTICO

O denuncismo dos candidatos contra vereadores e prefeito, em detrimento de propostas de trabalho, não será uma estratégia inteligente para se chegar ao poder nas eleições majoritárias de 2024.
Ao contrário de tempos bicudos, quando o povo tinha pouco acesso às informações – e por isso precisava dos snipers para o tiro ao alvo, hoje o eleitorado está mais informado dos políticos do que os próprios.
Em Nova Lima, por exemplo, todo mundo sabe quem merece continuar no poder e quem tem que arrumar as malas. O eleitor não precisa mais do dedo dos concorrentes para tomar as suas decisões.
Não adianta a militância querer enfiar candidato goela abaixo da população, como se estivesse atravessando cego na rua. Hoje tudo se vê, se fala, se escreve e se comenta nas redes sociais.
Analfabeto político agora é prerrogativa de militante a serviço de partidos e de padrinhos para obter vantagens, ou pessoas presas a convicções retrógradas que nada tem a ver com o interesse público. A famosa esquerda-direita a qualquer custo.
Vai ser assim: quem tem mandato, que apresente o seu portfólio de ações compatível com a realidade dos fatos. E quem quer a vaga, que apresente propostas, sem lero-lero.
Mais de 300 candidatos concorrerão a uma das 15 vagas na Câmara, e outros três ou quatro – não mais do que isso – à de prefeito. O partido que conseguir mais de 2,6 mil votos, obterá vaga no Poder Legislativo.
Para prefeito, acredito que a legenda com 20 mil votos vence a eleição, numa disputa acirrada entre no máximo três candidatos.